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Karina Salerno Gonçalves

Sobre

NASCIMENTO: 08/05/1975 – Porto Alegre

HISTÓRICO:
Realizei o 1° grau na Escola Estadual Apeles Porto Alegre. Tendo sido aprovada no teste de seleção, cursei o 2° grau no Colégio Estadual Júlio de Castilhos.

Em 1993 prestei vestibular para a Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sendo aprovada para o Curso de Ciências Sociais, concluindo o curso, com ênfase em Licenciatura, em 1997.

Trabalho na Prefeitura Municipal de Porto Alegre desde 1994, atualmente desempenhando minhas funções junto às Secretarias de Gestão e de Governança e ao Gabinete do Prefeito.

Atualmente, também participo de grupos de auxílio e proteção aos animais, como ‘Protetores Voluntários’ e ‘Bichos do Campus’ - Associação de Defesa Animal e Ambiental do Campus do Vale - UFRGS.

RELIGIÃO: Espírita

COR PREFERIDA: Rosa

LUGAR PREFERIDO: Florianópolis

O QUE MAIS GOSTO DE FAZER: Ir ao cinema, à praia. Brincar com meus bichos de estimação. Ler um bom livro.

MEUS ÍDOLOS: Pessoas que praticam a caridade, ajudando ao próximo de alguma forma: Chico Xavier, Bono Vox, Al Gore, São Francisco de Assis.

FRASE: “Que Deus me dê resignação para aceitar as coisas que não posso mudar; coragem para enfrentar aquelas que podem ser mudadas e sabedoria para distinguir umas das outras”.

Afilhada de João José Oliveira Gonçalves
Confreira Efetiva.

Reflexão para a Páscoa
Karina Salerno Gonçalves

Muitas vezes sentada no ônibus, indo ou vindo de um de meus destinos cotidianos e habituais, pego-me refletindo a respeito da condição humana.

Observo a rua e seus personagens. Os contrastes, os enormes contrastes que tanto me fazem pensar e não encontrar resposta razoável que justifique tanta desigualdade. Cenas do cotidiano, muitas vezes cinzento e tristonho cotidiano, como o casal de moradores de rua que “residem” ao lado do Hospital de Pronto Socorro, com seu carrinho de supermercado abarrotado de cacarecos, trapos e papelões, além de seus dois cãezinhos de estimação, que dormem tristonhamente ao seu lado.

Uma outra cena chocante foi quando deparei-me semana passada, em plena avenida Júlio de Castilhos, no centro da cidade, com um pedinte, provavelmente também morador de rua. Ele e seus quatro cães, todos parados, imóveis, em frente às gaiolas de galináceos que ficam na calçada em frente a uma loja de artigos agro-veterinários. Olhos arregalados e fixos, como que a contemplar algo de fantástico, maravilhoso, inatingível. Para nós, mais afortunados, nada mais do que uma provável refeição, pela qual podemos pagar, seja ela pronta ou para prepararmos em nossas casas. Penso, então, para eles quantas destas palavras soam tão distante e tão improváveis, como ‘refeição’ ou ‘casas’?!

A única coisa bela nas duas cenas, eu diria (se é que é possível ver alguma beleza em algo tão triste), era a fidelidade daqueles animais a seus donos. Talvez aqueles pequenos caninos tenham, na sua irracionalidade, mais compreensão do que nós mesmos tenhamos do que venha a ser a palavra ‘humanidade’. Características próprias ao ser humano como fidelidade, solidariedade e caridade aqueles cães tinham de sobra. Quem de nós seria capaz de tanta abnegação por outrem que não é capaz sequer de retribuir, porque simplesmente não tem nada a oferecer? Quem de nós seria verdadeiramente capaz de praticar a autêntica doação?

Infelizmente esta é uma reflexão dura a qual muitos fogem porque a verdade muitas vezes nos fere e não deixa nossa consciência em paz; nos desacomoda e nos força à mudança. Assim, aproveitando o feriado de Páscoa que se aproxima, pensemos então, ou melhor, repensemos todos nossas atitudes. Se a dura e crua realidade do outro tanto nos incomoda, talvez cada um de nós possa fazer algo em prol deste outro e assim a felicidade dele também será a nossa. Dessa forma, teremos a ‘recompensa’ em nossa consciência tranqüila e em nosso sentimento de dever cumprido. E lembremos sempre de que um grande milagre é feito de pequenos gestos. Pequenos gestos de pessoas como você e eu.

Porto Alegre, 18 de março, 2008.

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